Engenho Central

Engenho Central

O Engenho Central de Piracicaba, fundado em janeiro de 1881 pelo doutor Estêvão Ribeiro de Souza Rezende, o Barão de Rezende, com a finalidade de modernizar a indústria açucareira, esteve ativo até meados de 1974, quando encerrou definitivamente suas atividades.

Após este período, muito do que foi seu patrimônio, se restringiu ao imponente conjunto arquitetônico de inspiração francesa, que desde 11 de agosto de 1989 é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (Codepac) e em 29 de setembro de 1989 foi decretada sua utilidade pública, dando início ao processo de desapropriação judicial, atendendo ao definido pelo artigo 172 do Plano Diretor então vigente, que previa a transformação da área em parque público. Com a garantia da posse, as instalações da então Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac) foram transferidas para o local no ano de 1992.

A desapropriação foi questionada judicialmente pelo antigo proprietário, a Ubasa, tornando precária a ocupação da área. Mesmo assim, o Engenho Central consolidou-se como importante espaço de lazer e cultura. Além de sediar a Semac e suas atividades, este se tornou um magnífico parque público, sediando inúmeros eventos em seus pavilhões e áreas livres, como o Salão Internacional do Humor, as tradicionais Festa das Nações e Paixão de Cristo, dentre outros. Fundamental à apropriação da área foi a inauguração, em 1992, da Passarela Pênsil, conectando o Engenho à área central, por meio de uma estrutura desenvolvida pelo LAMEM – Laboratório de Madeiras e Estruturas de Madeiras da USP São Carlos. Além de permitir a integração entre as margens, constituindo um acesso de pedestres a partir do centro de Piracicaba, a passarela tornou-se um ponto privilegiado para a contemplação do salto, bem como um novo marco na paisagem.

O processo de desapropriação se desenrolou com acordo entre a Prefeitura e os antigos proprietários, realizado em 1º de agosto de 2009 e já integralmente quitado, garantindo a propriedade do imóvel e facilitando a realização de ações e obras no local.

Outra conexão entre o Engenho Central e a área central se deu por meio da construção de mais uma Passarela, neste caso de concreto e estaiada; integrando o Engenho em mais um ponto da Avenida Beira-Rio, próximo a Rua do Porto, aproximando estes dois pontos turísticos importantes da cidade.

• Propostas para o Engenho Central 1982-2003
Propostas para o Engenho Central após 2003