Diagnóstico “A cara de Piracicaba”

O Projeto Beira-Rio trabalha com a visão de que o rio e a cidade de Piracicaba formam uma mesma entidade biocultural. Esta característica se reflete já na primeira fase do Projeto, o diagnóstico de abordagem antropológica – não somente ambiental, social ou econômica, que buscou formar uma interpretação conjunta de todos esses aspectos. A metodologia do diagnóstico baseou-se na participação, pois somente através do complexo material trazido pela população seria possível organizar e sintetizar um painel do arcabouço vivo da experiência cultural piracicabana, com suas características positivas e negativas.

diagnostico01O processo de diagnóstico foi coordenado pelo antropólogo Arlindo Stefani, que animou encontros, seminários, percursos e viagens a pé e de barco por toda a orla municipal, coletando informações e redescobrindo uma Piracicaba que os próprios piracicabanos não se lembravam mais. Ao final, a extensa gama de informações foi sintetizada no volume “A cara de Piracicaba”, cujos textos e mapas sinestésicos de sons, odores, memórias e ciclos econômicos desvelam um universo de novas possibilidades para a cidade e o rio.

O diagnóstico aponta o necessário (r)estabelecimento da margem como espaço público, livrando-a da condição de “barranco” imposta pelo padrão predatório de urbanização predominante no Brasil ao longo do século passado. Também a prevalência do percurso a pé no espaço da cidade, equilibrando a relação dos meios de transporte motorizados com o “cidadão mais frágil” – o pedestre.

diagnostico02Seu pano de fundo é a sustentabilidade entre homem, cultura e meio, princípio seguido na etapa seguinte, de elaboração de um plano de ação para o município. O Plano de Ação Estruturador do Projeto Beira-Rio (PAE) tem foco no Desenho Ambiental e Planejamento Ambiental, os elos conceituais com os critérios de sustentabilidade lançados pelo diagnóstico.

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