O IPPLAP concluiu pesquisa sobre a violência contra a mulher no município de Piracicaba, com dados de 2015 a 2019.

30/12/2020

Piracicaba carrega, nos seus 253 anos de história, o trabalho e a dedicação de muitas mulheres, que batalharam desde nas lavouras e plantações de café, até na árdua tarefa de cuidar de suas famílias e formar a sociedade. De modo geral, as mulheres piracicabanas sempre foram comprometidas com o desenvolvimento do município e contribuíram, mesmo que de maneira velada, para a construção da cidade e de seu desenvolvimento econômico.

Desde o século XIX, a educação piracicabana contemplou e estimulou o ensino às mulheres, através do Colégio Piracicabano, que foi criado em 1881 pela missionária da igreja metodista, a americana Martha Watts, que já promovia a educação feminina. Da mesma forma, a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq USP), criada em 1901; a UNICAMP, criada em 1967, entre outras. Gradativamente, através da educação, a sociedade piracicabana acompanhou o desenvolvimento dos direitos da mulher no mundo.

Em Piracicaba é comum encontrarmos não somente nomes de mulheres em escolas, mas também em muitas ruas. Nomes como Rua Anita Garibaldi, Rua Ana Neri, Rua Baroneza de Rezende, Rua Dona Francisca, Avenida Dona Lydia, entre tantas outras mulheres homenageadas, a nos lembrar da força e coragem feminina.

A saúde da mulher é prioridade, conforme demonstram os dados que serão mostrados nessa pesquisa, através dos índices apresentados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE, cujos números de todas as variáveis em saúde da mulher estão acima da média estadual.

Diante desse quadro, naturalmente o município demonstra seu interesse em analisar dados que possam melhorar ainda mais as políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade de vida das mulheres.

Atualmente, todos os setores públicos incluem em sua Agenda o compromisso de erradicar a violência contra a mulher no município. Para tanto, pesquisas como esta, precisam ser feitas para se mensurar a proporção do problema, definir metas e estabelecer projetos através das demandas analisadas.

Com esta pesquisa, avançamos no assunto, sabendo que esse estudo não se esgota em si mesmo, sendo necessário uma constante atualização dos dados. No entanto, teremos cumprido o nosso dever e nossa missão, se a pesquisa puder inspirar novos estudos e diagnósticos em prol dos direitos das mulheres e da erradicação da violência contra a mulher em Piracicaba.

Arthur Alberto Azevedo Ribeiro Neto

Diretor-Presidente do IPPLAP

Pesquisa Violência Contra a Mulher