6ª Conferência Municipal da Cidade elege delegados e estabelece propostas

PRONTA 8_xx PRONTA 10_xx PRONTA 14_xx PRONTA 22_xx PRONTA 28_xx PRONTA 53_xx PRONTA 57_xx PRONTA 58_xx PRONTA 63_xxCerca de 60 pessoas participaram no último sábado, 04/06, da 6ª Conferência Municipal da Cidade de Piracicaba, realizada no Armazém da Cultura Maria Dirce Camargo, na Estação da Paulista.

O evento incluiu palestras, grupo de trabalho que discutiu questões estabelecidas pelo Ministério das Cidades para os debates e eleição de delegados para a etapa estadual do evento e também para os representantes da sociedade civil do Conselho da Cidade. O tema do evento nesta edição foi Função Social da Cidade e da Propriedade e teve como lema Cidades Inclusivas, Participativas e Socialmente Justas.

O prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato, lembrou que o tema deste ano está inscrito na Constituição de 1988 e de lá para cá vários esforços foram feitos para que a função social da propriedade aconteça. Ele lembrou, porém, “que a implantação das ferramentas para que isso ocorra não é algo elementar. Fica parecendo que depende simplesmente da vontade do gestor, que vai lá e dá uma canetada. Não é assim, porque o processo social é muito mais complexo e por isso a participação é tão importante”, disse.

Em sua fala, o diretor-presidente do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba (Ipplap), Lauro Pinotti, também destacou a importância da ampla participação da comunidade. “A Conferência é um espaço de diálogo”, reforçou.

O vereador Pedro Kawai, que representou a Câmara de Piracicaba, enfatizou que a Conferência também é um espaço aprendizado. “É o espaço em que podemos discutir e apresentar políticas públicas para melhoria do nosso município”, disse.

Ainda durante a manhã foram ministradas as palestras O Brasil Urbano: a Cidade que Temos, por Lauro Pinotti; A Função Social da Cidade e da Propriedade, por Kazuo Nakano, doutor em demografia e professor universitário; Plano Diretor, por Carlos Leite, doutor em estruturas ambientais urbanas pela FAU-USP e professor universitário e A Cidade que Queremos, por Geraldo Moura, mestre em geografia.

Durante a tarde o evento transcorreu com grupo de trabalho que discutiu questionamentos propostos pelo Ministério das Cidades para um diagnóstico dos municípios. Após a discussão, foram realizadas a eleição dos delegados para a etapa estadual da Conferência e os representantes da sociedade civil para o Conselho da Cidade. O evento terminou com a plenária que sistematizou o questionário elaborado no grupo de trabalho.

Confira abaixo os nomes dos delegados eleitos para a 6ª Conferência Estadual das Cidades, dos representantes da sociedade civil para o Conselho da Cidade e respostas ao questionário.

 

DELEGADOS ELEITOS

SEGMENTO I – PODER EXECUTIVO

Titular:

Pedro Sérgio Piacentini

Marcelo Cachioni

Paulo César Schiavuzzo

Getúlio Pedro de Macedo

Dorival José Maistro

Ana Lúcia Canceglieri

Antônio Celso Duarte

Suplente:

Idnilson Donizete Perez

 

SEGMENTO I – PODER LEGISLATIVO

Titular:

Pedro Motoitiro Kawai

José Antônio Fernandes Paiva

Francisco Almeida do Nascimento

 

SEGMENTO II – MOVIMENTOS POPULARES

Titular:

Eliana Aparecida Pereira

José Ronaldo Ventura Cruz

 

SEGMENTO III –TRABALHADORES POR SUAS ENTIDADES SINDICAIS

Titular:

Milton Costa

Cláudia Renata Novolette

Jorge Luiz de Paula

 

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL PARA O CONSELHO DA CIDADE

 

MOVIMENTOS POPULARES

Titular:

Iraci Vitor Honda

Márcio José Pereira

Suplente

Carlos José Marco da Silva

 

MOVIMENTOS SOCIAIS (SINDICATOS RURAIS E URBANOS)

SINDICATO RURAL

 

SINDICATO URBANO

Titular:

Milton Costa

Cláudia Renata Novolette

Jorge Luiz de Paula

 

EMPRESÁRIOS

SETOR IMOBILIÁRIO

 

SETOR SUCROALCOOLEIRO

Titular:

Valmir José Santana

 

DEMAIS SETORES ECONÔMICOS

 

ONGS, ENTIDADES PROFISSIONAIS, ACADÊMICAS E DE PESQUISA E CONSELHOS PROFISSIONAIS

Titular:

Márcio Espírito Santo

Ivanjo Cristiano Spadote

 

REPRESENTANTES DAS DIFERENTES UNIDADES DE PLANEJAMENTO TERRITORIAL, INCLUINDO AS REGIÕES NORTE, SUL, LESTE, OESTE, CENTRO E A MACROZONA RURAL.

Titular:

Ivair Moisés Medeiros

Kátia Maria Paschoalini

Valéria Capis da Cruz

Isaac Jorge Roston Júnior

 

Suplente:

Maicon Michel Barbosa da Silva Scarabel

Célia da Silva Gomes Folegoti

Neiva Aparecida Palmieri Bento

José Ferreira de Matos

c) QUESTÕES

1 – A sua cidade apresenta espaços públicos de qualidade, acessíveis, próximos ao seu local de moradia?

R: Sim e não: há bairros em que eles existem e são qualificados e há outros em que eles existem, mas estão mal localizados e há, ainda outros, em que eles inexistem.

a) São efetivamente utilizados pela população?

R: Há locais que são bem utilizados e bem localizados, sendo a maioria deles na área central e turística . Há ainda locais nas periferias, em que o uso é prejudicado pois a população sente insegurança ao utilizá-los.

b)Onde eles estão localizados?

R: A resposta está contemplada na a.

c) Como promover espaços públicos que reúnam todas as condições necessárias para o pleno uso?

R: Estes espaços devem conter acessibilidade, segurança e programação voltada para a comunidade, promovendo assim um sentimento de pertença ao local. Principalmente, devem estar localizados próximos aos bairros, ou seja, da população usuária

2 – As habitações de interesse social (moradias populares) na sua cidade são bem localizadas?

R: Não

a) Contam com equipamentos comunitários (educação, saúde, saneamento, lazer etc.) e transporte público e funcionam bem?

R: Existem alguns, porém não atendem a contento ao conjunto das necessidades da população, principalmente o transporte.

b) Como melhorar essa questão?

R: Utilizando os vazios urbanos para a construção de moradias populares. Para conseguir acesso a esses vazios, utilizar instrumentos propostos no plano diretor e no estatuto da cidade, tais como direito de preempção, de superfície e iptu progressivo no tempo. Para isso regulamentar o uso desses instrumentos na legislação municipal.

3 – O seu município executa políticas de regularização fundiária urbana em favor de famílias de baixa renda, com titulação e registro em cartório?

R: Executa, mas precisa aprimorar, melhorando a estrutura técnica da Emdhap.

a) Existe concentração de propriedades urbanas no seu município?

R: Sim.

b) Seu município conta com base cadastral atualizada e informatizada?

R: Existe, mas nem todos têm esse tipo de informação e é preciso mais transparência.

c) Como melhorar essa questão?

R: Planejamento, fiscalização, estruturação da Emdhap. Conter ações de atravessadores.

4 – No seu município existe Secretaria de Desenvolvimento Urbano? Caso não, qual(is) instância(s) cuida(m) desse tema?

R: Há o Ipplap, mas há, por parte do grupo de discussão o entendimento que a autarquia precisa ter mais autonomia, tal como rege a lei que o criou.

5 – Seu município conta com Conselho da Cidade?

R: Sim

a) Caso não exista, qual Conselho decide sobre as questões urbanas?

R: Prejudicado.

b) Ele está efetivamente funcionando?

R: Precisa ser aprimorado

c) Tem caráter deliberativo?

R: Sim

d) Suas deliberações são cumpridas?

R: Sim, mas há entendimento de alguns conselheiros que o mesmo não tem deliberação ampla e irrestrita.

6 – Quais as potencialidades econômicas da sua cidade?

R: Setor automotivo, sucroalcooleiro, prestação de serviços e construção civil.

Sugestão: recuperar e incentivar a agricultura familiar e cooperativa. Incrementar o turismo como atividade econômica.

7 – Quais os principais conflitos existentes na sua cidade, e que interesses estão em disputa?

R: Ação de atravessadores, incorporadores imobiliários, grandes produtores rurais que promovem o uso desvirtuado do solo, traficantes de drogas e demais ações que também causam falhas de segurança, e agravam conflitos sociais.

a) Quais são os agentes que representam esses interesses?

R: Incorporadores imobiliários, grandes produtores rurais e urbanos, especuladores de terra, agentes que promovem o uso e ocupação desvirtuado do solo e traficantes de drogas.

b) O que é possível pactuar em torno desses interesses para enfrentar esses conflitos?

R: Priorizar a função social da cidade e da propriedade em detrimento de interesse de grandes proprietários de terra e especuladores.

Sugestão final: Implementar a acessibilidade como um direito humano. Isto se traduz a) num transporte público de qualidade e acessível a crianças, idosos, gestantes, deficientes físicos, visuais, auditivos, ostomizados etc, atendendo às normas técnicas.

b) calçadas acessíveis, bem executadas, com rampas, sinalização horizontal e vertical e piso tátil.

Centro de Comunicação Social/Sabrina Rodrigues Bologna: 31076

1 e 2: Fotos da abertura do evento, com Lauro Pinotti, Pedro Kawai e Ivanjo Spadote

3. Prefeito Gabriel Ferrato discursando para os presentes

4. Geraldo Moura durante sua palestra

5. Grupo de trabalho durante a discussão das propostas

6. Leitura do regimento

7. Kazuo Nakano durante sua palestra

8. Carlos Leite durante sua palestra

9. Prefeito discursando.